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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Endless Boogie no ÍPSILON
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Melhores do Ano no PORTUGAL REBELDE
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01. B Fachada "B Fachada"
05. Os Golpes "Cruz Vermelha sobre Fundo Branco"
06. Norberto Lobo "Pata Lenta"
07. Tó Trips "Guitarra 66"
10. Diabo na Cruz "Virou!"
Melhores do Ano na BLITZ
Melhores do Ano no SOUND + VISION
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sábado, 26 de dezembro de 2009
Melhores do Ano no DIÁRIO DE NOTÍCIAS
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Do balanço escrito por Luís Filipe Rodrigues extraímos estas frases: “B Fachada (…) lançou em 2008 três EP promissores (…). Os primeiros álbuns chegaram este ano. Primeiro, em Abril, apareceu Um Fim-de-Semana no Pónei Dourado, com o selo da FlorCaveira. Em Dezembro chegou o disco homónimo, (…) que entra directamente para a história da música portuguesa. Mas o ano começou (…) com o primeiro Meio Disco de Os Quais (…) que apresentou a Amor Fúria enquanto editora independente. (…) Continuou com edições de gente como Os Golpes (…). Mesmo que passe ao lado dos ouvintes, muitos partilham da mesma distribuidora. Falamos da Mbari que há um ano levou a FlorCaveira até às lojas, que hoje distribui os discos da Amor Fúria, que continuou com B Fachada quando o cantor/compositor se separou da editora protestante. E foi a mesma distribuidora que colocou nos escaparates os discos de Norberto Lobo ou Tó Trips”.
No Top10:
1 B Fachada
B Fachada
Edição de Autor
2 Cruz Vermelha Sobre Fundo Branco
Os Golpes
Amor Fúria
4 Meio Disco
Os Quais
Amor Fúria
7 Um Fim-de-Semana no Pónei Dourado
B Fachada
FlorCaveira
Na lista do Jazz, Rui Branco incluiu na quinta posição "Insight", o disco de duetos de Gary Peacock e Marc Copland (Pirouet).
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Melhores do Ano no SAPO.PT
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Melhores discos Portugueses de 2009. Além do Norberto, e com distribuição MBARI, estão por lá Os Quais e os Micro Audio Waves.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Diabo na Cruz no EXPRESSO
B Fachada no BODYSPACE
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Tó Trips nas QUINTAS DE LEITURA do TEATRO CAMPO ALEGRE
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Rua da Inquietude from raquel castro on Vimeo.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Rodrigo Amado com mais Imprensa Internacional
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
B Fachada no DIÁRIO DE NOTÍCIAS
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Ricardo Rocha "Luminismo"
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Esta poética definição não explica tudo, mas dirá qualquer coisa de importante sobre as composições de Ricardo Rocha. É certo que à primeira vista talvez as turve mais do que aclare, mas a sua audição permite retirar-lhe uns quantos véus. Porque a referência a uma era distante desta que as vê nascer é só como uma neblina matinal. E à partida, no que é uma ideia central em “Luminismo”, esclarece que apenas por uma enorme ausência revelam estas peças para Guitarra Portuguesa no CD I sintomas de modernidade. Quando o seu paradigma será outro: o da recuperação do tempo perdido.
Isto é: Ricardo Rocha sabe melhor que ninguém que a sua linguagem não deriva de nenhuma escola. Muito menos pretende espelhar a contemporaneidade – em última instância porque esta lhe parece inexistente. Tivessem sido as coisas diferentes e, quem sabe, talvez no dealbar do século XX se houvesse verificado um interesse de compositores e académicos por este instrumento popular: tendo-se criado métodos, escolas, obras, escrito livros, desbravado caminhos, alargado horizontes. Mas não: independentemente da qualidade dos seus instrumentistas, a Guitarra Portuguesa não encontrou espaço para se desenvolver fora do campo estrito do fado. E a carência de um repertório solista consagrou-a a funções específicas de acompanhamento. Olhando para trás, perante o campo de possibilidades interpretativas e composicionais que os avanços estéticos e técnicos do último século testemunharam, há mágoa que assim tenha sido. É trágico e quase absurdo e ainda assim um milagre que se reconheçam excepções: Carlos Paredes e Pedro Caldeira Cabral, que Ricardo interpreta mas de quem tanto difere, procuraram uma espécie de ‘terceira via’ para um veículo que reclamava a dignidade de poder um dia exprimir directamente novas ideias. Por isso, parte de “Luminismo” é quase um lamento e uma saudade por tudo aquilo que não foi. Uma invenção do passado. Mas é também, sempre e sobretudo, um exclamativo processo que irradia luz sobre o invisível: sobre esta coisa de, hoje, na Guitarra Portuguesa, pouca gente fazer eco destas preocupações, de permanecer uma incógnita o seu futuro, de sustentar-se sempre com o mesmo o seu corpo.
Ricardo Rocha tem consciência do que se passou mas ainda mais lhe dirá respeito o que não aconteceu. Só que, em vez de saltar sobre este buraco negro de décadas, prefere mergulhar nas suas profundezas até lhe encontrar a origem e, aí, cometer a loucura de arriscar começar tudo de novo.
“Luminismo”, agora na soma dos seus dois discos, despido da pretensão que lhe atribui a inevitabilidade factual e antes que o arruíne qualquer reflexão, é um arroubo sensual. Tudo nele se inscreve como um arrebatamento. As melodias perseguem ou invadem-se por imagens. Estão, por vezes, saturadas de cor, noutras tornando exacto o contraste que melhor as traduz. Adivinha-se uma obsessiva luta em busca de tanta clareza. Num equilíbrio de dramática fragilidade, expressam ideias complexas e oferecem soluções sensorialmente desarmantes. As peças para piano, interpretadas por Ingeborg Baldaszti, referenciam directamente Scriabin e o Serialismo: e é verdade que encerram as primeiras o mistério do russo e as segundas a rigorosa determinação que se associa por exemplo ao Pierre Boulez de inícios da década de 50. De certa forma, ajudam a desvendar alguns dos segredos das peças para Guitarra Portuguesa. Mas não são umas consequência de outras. Justificam as de piano a frase tanta vez repetida por Ricardo de que é esse o seu instrumento preferido. E, no que é tanto um triunfo quanto uma desgraça, sublinham a impressão superficial de que reagem mais as de Guitarra contra correntes tradicionais: apenas por nessas se pressentir o vazio da História.
Na realidade, “Luminismo” é como uma cápsula afundada em nostalgia. Um enlevo que sintetiza tanta música que parece só fazer sentido dentro das suas mais densas correntes. Não devia ser tão único, mas é. Lidemos com isso.
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Resumo biográfico:
Ricardo Rocha nasceu em 1974. É neto de Fontes Rocha, o mestre de Guitarra Portuguesa que durante tantos anos acompanhou Amália Rodrigues. Pegou na guitarra do avô ainda mal sabia falar. Ouviu Carlos Paredes, desfez-se e refez-se. Começou a tocar em público na adolescência, ao lado de inúmeros fadistas. Com alguma vergonha e maior relutância estava encontrado o seu instrumento, embora aos 16 anos experimentasse o piano, alterando dramaticamente a sua concepção musical. Aí encontrou a soberba da auto-suficiência enquanto que na guitarra lutava com um instrumento inflexível, com aquelas cordas de aço em altíssima tensão que exigem uma disposição física total. Em meados dos anos 90 chegou aos discos: gravou “Luz Destino” com João Paulo Esteves da Silva, Maria Ana Bobone e Mário Franco e entrou em álbuns de Vitorino, Sérgio Godinho ou, entre outros, Carlos do Carmo. Em 2003 edita em nome próprio “Voluptuária” (Vachier & Associados) e ganha mais prémios do que os que sabia existir (alguns: Prémio Carlos Paredes, Prémio Revelação Ribeiro da Fonte para Jovens Compositores, Prémio Amália Rodrigues para Melhor Guitarra Portuguesa). Está em quase todos os discos de Maria Ana Bobone. Acompanha frequentemente Carlos do Carmo. Em 2004 regista um disco de guitarradas (“Tributo À Guitarra Portuguesa”, de Armandinho a Jaime Santos) para a colecção de fado do jornal Público. Começa a gravar “Luminismo”. Em 2007 produz, com Marcos Magalhães e Ana Quintans, “Sementes do Fado”. Apresenta-se a solo na Casa da Música ou CCB. Recusa mais convites para entrar em discos ou concertos do que os que podemos enumerar mantendo a elegância.
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Resumo biográfico:
Ricardo Rocha nasceu em 1974. É neto de Fontes Rocha, o mestre de Guitarra Portuguesa que durante tantos anos acompanhou Amália Rodrigues. Pegou na guitarra do avô ainda mal sabia falar. Ouviu Carlos Paredes, desfez-se e refez-se. Começou a tocar em público na adolescência, ao lado de inúmeros fadistas. Com alguma vergonha e maior relutância estava encontrado o seu instrumento, embora aos 16 anos experimentasse o piano, alterando dramaticamente a sua concepção musical. Aí encontrou a soberba da auto-suficiência enquanto que na guitarra lutava com um instrumento inflexível, com aquelas cordas de aço em altíssima tensão que exigem uma disposição física total. Em meados dos anos 90 chegou aos discos: gravou “Luz Destino” com João Paulo Esteves da Silva, Maria Ana Bobone e Mário Franco e entrou em álbuns de Vitorino, Sérgio Godinho ou, entre outros, Carlos do Carmo. Em 2003 edita em nome próprio “Voluptuária” (Vachier & Associados) e ganha mais prémios do que os que sabia existir (alguns: Prémio Carlos Paredes, Prémio Revelação Ribeiro da Fonte para Jovens Compositores, Prémio Amália Rodrigues para Melhor Guitarra Portuguesa). Está em quase todos os discos de Maria Ana Bobone. Acompanha frequentemente Carlos do Carmo. Em 2004 regista um disco de guitarradas (“Tributo À Guitarra Portuguesa”, de Armandinho a Jaime Santos) para a colecção de fado do jornal Público. Começa a gravar “Luminismo”. Em 2007 produz, com Marcos Magalhães e Ana Quintans, “Sementes do Fado”. Apresenta-se a solo na Casa da Música ou CCB. Recusa mais convites para entrar em discos ou concertos do que os que podemos enumerar mantendo a elegância.
CD I
1 Ténue-o-Sensorialismo
2 Abismo Satânico
3 Lúciferianismo
4 Relativismo Temporal
5 Estudo Convulsianalítico
6 Canto do Trabalho (Carlos Paredes)
7 Porto Santo (Carlos Paredes)
8 Passatempo (Artur Paredes)
9 Dança das Sombras (Pedro Caldeira Cabral)
10 Labirinto das Fragas (Pedro Caldeira Cabral)
11 Baile dos Caretos (Pedro Caldeira Cabral)
12 Luminismo Esplandecente
Ricardo Rocha, Guitarra Portuguesa
CD I gravado em 13, 14 e 21 de Março de 2006, 23 de Outubro de 2006 e 15 de Abril de 2009 no Convento dos Capuchos
CD II
Primeira Parte: Alienação a Skrjabin
1 Misticismo, Invocação Sensual
2 Ténue e Frágil
3 Suave e Doce Almíscar
4 Côr de Candura
Segunda Parte: O Serialismo
5 Obsessiva Sobreposição Compulsiva da Quarta Aumentada
6 Desfragmentação Silenciosa
7 Final do Infinito Eterno
8 Número Sete
Ingeborg Baldaszti, piano
CD II gravado em 25 e 26 de Setembro de 2006 e 9 de Outubro de 2006 no Centro Cultural Olga Cadaval, piano Steinway & Sons Model D-274.
Todas as composições de Ricardo Rocha excepto quando indicado
1 Ténue-o-Sensorialismo
2 Abismo Satânico
3 Lúciferianismo
4 Relativismo Temporal
5 Estudo Convulsianalítico
6 Canto do Trabalho (Carlos Paredes)
7 Porto Santo (Carlos Paredes)
8 Passatempo (Artur Paredes)
9 Dança das Sombras (Pedro Caldeira Cabral)
10 Labirinto das Fragas (Pedro Caldeira Cabral)
11 Baile dos Caretos (Pedro Caldeira Cabral)
12 Luminismo Esplandecente
Ricardo Rocha, Guitarra Portuguesa
CD I gravado em 13, 14 e 21 de Março de 2006, 23 de Outubro de 2006 e 15 de Abril de 2009 no Convento dos Capuchos
CD II
Primeira Parte: Alienação a Skrjabin
1 Misticismo, Invocação Sensual
2 Ténue e Frágil
3 Suave e Doce Almíscar
4 Côr de Candura
Segunda Parte: O Serialismo
5 Obsessiva Sobreposição Compulsiva da Quarta Aumentada
6 Desfragmentação Silenciosa
7 Final do Infinito Eterno
8 Número Sete
Ingeborg Baldaszti, piano
CD II gravado em 25 e 26 de Setembro de 2006 e 9 de Outubro de 2006 no Centro Cultural Olga Cadaval, piano Steinway & Sons Model D-274.
Todas as composições de Ricardo Rocha excepto quando indicado
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
B Fachada no ÍPSILON II
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Tó Trips na estrada
Tó Trips vai para a estrada. Sexta-Feira toca na Fnac de Guimarães às 18h00 e, às 22h00, no Museu Nogueira da Silva em Braga, com o apoio da RUM. Sábado à noite estará no Teatro Aveirense. A propósito, saiu esta entrevista no Diário de Aveiro (carregue para aumentar):
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B Fachada no SOUND+VISION
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
B Fachada "B Fachada"
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Amores e desamores, amantes e amigos, viagens e passeios: B Fachada cumpre a promessa e edita ainda em 2009 aquele que, não sendo só sério, é o seu primeiro álbum a sério. Cobre-se de cores outonais, aconchega-se em invernosa prudência e revela com imperturbável clareza a dimensão de um talento que só os mais esperançosos anteciparam nesta exacta medida, toda ela transbordante, impetuosamente juvenil e impossivelmente vívida.
Há um par de anos que B Fachada vem semeando campos. E é da ordem natural das coisas que se provem uns mais férteis do que outros. Por isso, que não se sobressalte quem não apanhou todas as trovas que ao vento lançou. Até porque – nos early years mais irredutíveis que se possa imaginar (EP “Até-Toboso”, Merzbau, 2007; EP “Sings the Lusitanian Blues”, Merzbau 2008; EP “Mini CD (Produzido por Walter Benjamin)”, Merzbau 2008; EP “Viola Braguesa” Merzbau/FlorCaveira 2008; CD “Um Fim-de-Semana no Pónei Dourado”, FlorCaveira 2009) – nem todas indiciavam um domínio tão efectivo da arte da canção quanto aquele que por ora atinge, nem tal propósito serviam.
Confortavelmente homónimo, “B Fachada” – o álbum – é o retrato de quem esperou pela passagem das estações, de quem teve temperança na hora da colheita e soube aproveitar só a fruta madura. Escolheu materiais, acumulou contos, duvidou de algumas coisas e ouviu muitas outras. Nos poucos meses passados desde “Um Fim-de-Semana no Pónei Dourado” testemunhámos um processo que, à falta de termo mais exacto e menos dependente da nossa própria perspectiva, qualificaríamos como… humilde. Longe da contrição, esta humildade em Fachada é de natureza mais prática: valorizar o trabalho, aguçar os sentidos, analisar com rigor o que havia feito e o que desejava vir a fazer, aperfeiçoar-se constantemente. Agora que do estúdio regressou com estas canções tingidas de dourado, necessariamente reflexivas mas nem por isso austeras, percebemos que o seu inverno é só um estado em que derrama luz de forma mais doce e concentrada.
Fachada – sem que por isso se pareça especialmente interessar – obriga-nos a reflectir sobre o tempo. Não é todos os dias que chega um álbum com pouco mais de meia hora capaz de relembrar que a duração de um disco é infinitamente multiplicável. Nessa medida, estas onze canções apontam para um futuro em que, como sempre nestes casos, são a única certeza. Simultaneamente, actuam de forma retroactiva num nostálgico folhetim em que cabem as melhores páginas de um cancioneiro tão recente quão recente é a sua descoberta. Tudo isto terá implicações extraordinariamente profundas, mas, no mínimo, aponta para que o tempo em que vive não possa ser o mesmo em que vivem os outros. Isto é, não é costumeiro – nem aqui nem em lugar algum – que um só activista transtorne assim um ano de música.
Mas nem tudo em Fachada gira em torno de si. Por mais assimiladas no seu léxico autoral que estejam, há por aqui inúmeras referências que, em brincadeira, consideramos sacudir o pó a muitas décadas. Da melodia de ‘Queda do Império’ de Vitorino em ‘A Velha Europa’ aos acordes do ‘Lean on Me’ de Bill Withers na introdução de ‘Só Te Falta Seres Mulher’ – e que os títulos se adeqúem foi tudo menos premeditado, garantimos – há um imenso gosto em evocar, de que o ‘Responso Para Maridos Transviados’ é o exemplo evidente. E a cada dia que passa há mais gente a encontrar provas do que nem se imagina intencional: que ‘Kit de Prestidigitação’ pega no ‘Manual de Prestidigitação’ de Mário Cesariny, que ‘A Bela Helena’ é um blues sacado a Louis Armstrong e King Oliver ou que a capa pisca o olho ao ‘Baile no Bosque’ dos Trovante. E por aí fora conforme mais gente tiver o disco nas mãos. Porque, no limite, é isso que Fachada faz melhor: simular que é – ou que deveria ser – feito por si o mundo que há já na cabeça de cada um. E todos sabemos ser essa a maior ilusão da pop... E a sua maior subtileza.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Tó Trips n'A-TROMPA
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Diabo na Cruz na TIME OUT
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