quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Os Quais apresentam mais que "Meio Disco"

Com Samuel Úria, Miriam Macaia e Zé Castro.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Jorge Ben "Força Bruta" em vinil

Um álbum e dez clássicos: “Oba lá vem ela", “Zé Canjica”, “Domênica domingava num domingo toda de branco”, “Charles Junior”, “Pulo, pulo”, “Apareceu Aparecida”, “O telefone tocou novamente”, “Mulher brasileira”, “Terezinha”, “Força bruta“. Jorge Ben enquanto síntese de todos os movimentos na música popular brasileira - "trans-histórica", chamou-lhe um invejoso Caetano Veloso. Gravado em 1970 com o Trio Mocotó. Pura alquimia e, com "Negro é Lindo", simultânea pausa para respirar amor entre os LPs "Jorge Ben" (1969) e "A Tábua da Esmeralda" (1972).

Gal Costa em vinil

Arranjos de Duprat, Gil em duetos ("Sebastiana" e "Namorinho de Portão"), Caetano Veloso em "Baby" e no lindo "Que Pena", de Jorge Ben, e "Divino, Maravilhoso". Peça-chave do tropicalismo, em 1969.

Aretha em vinil

Aos 14 anos, ao piano:

Jazz em vinil II





Jazz em vinil





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cu cu ru cu cu (Um Qual na TSF)

Ouçam a conversa de Jacinto Lucas Pires com Carlos Vaz Marques aqui.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

João Lencastre's Communion "B-Sides"

Quando em Outubro de 2007 surgiu “One!” – o primeiro disco de João Lencastre enquanto líder – falou-se necessariamente de comunhão. Ainda para mais, a sua ideia de colectivizar o projecto numa Communion tinha óbvios reflexos na sua música. Porque se partia efectivamente de uma partilha de valores assentes em princípios unificadores para logo se avançar rumo ao desconhecido. A metáfora, claro, não era nova no jazz. Até porque nele se pressupõe tantas vezes a igualdade entre quem “comunga”. Mas o resultado esteve longe de se tornar previsível. Num inesperado testemunho, Bill Carrothers, André Matos, Phil Grenadier e Demian Cabaud, ainda que sem comprometer o exercício, assumiam trajectórias mais divergentes que coincidentes. Aliás, essa indefinição acabou por se tornar na grande mais-valia do CD. Os temas fluíam livremente, sem constrangimentos formais ou conceptuais, entre a memória e o momento (reviam-se standards de Ornette e Hubbard, por exemplo, ao mesmo tempo que se adaptava uma canção de Björk), fortemente marcados pela personalidade dos seus intérpretes, prestando-se quase naturalmente às tendências elípticas do pianismo de Carrothers.

Agora, não será por acaso que João aparece com um “B-Sides”. Porque não sendo negativo de “One!”, poderá dizer-se que as maiores qualidades deste segundo disco são precisamente as menos evidentes no primeiro: definição e coincidência de vozes. E a comunhão, pretendida de início, parecia depender deste elenco: Leo Genovese, Phil Grenadier, David Binney, Thomas Morgan e Jeremy Udden. Mas não se pense que “definição” implica tocar só dentro do tracejado. Sim, esta banda é mais banda, mas não avança por um caminho menos exploratório. Há é uma abordagem nova, mais luminosa e assumidamente virada para fora. Isto, não dispensando uma certa atmosfera de mistério, comum, por exemplo, àquela obtida nos grupos para os quais compôs Wayner Shorter. É um sinal de maturidade deixar o melhor para o “lado b”. E João não pára de crescer.

Nas suas palavras: “Gravámos em Nova Iorque. E não podia perder a oportunidade de incluir alguns dos meus músicos preferidos. Da formação original mantive o Phil e o Leo [relembre-se que Carrothers havia sido uma substituição de última hora na sessão de gravações de “One!”]. Depois, pensei logo no Thomas Morgan para o contrabaixo – já o conhecia pessoalmente há uns anos, mas só tínhamos tocado uma vez; adoro a sua musicalidade, o seu som, a forma em como se envolve com a música. E todos sabem o quanto admiro David Binney – é um grande amigo. Temos tocado muito ao longo dos anos e pensei em convidá-lo para um tema – acabou por ficar para quatro! E adoro o som do soprano do Jeremy Udden. Aliás, quando escolhi a balada (“Pete Best”, do Steve Swallow), pensei imediatamente nele.
Para este álbum escolhi vários dos temas que foram gravados. Os momentos de improvisação colectiva surgiram sem ser preciso falarmos sobre isso. Aliás, em toda a gravação nunca foi preciso trocar muitas palavras. Ensaiámos e tocámos em menos de quatro horas. Era fazer dois ou três takes e seguir. Aliás, no disco acabaram por ficar mais os primeiros takes – soavam mais orgânicos e espontâneos.
Pensei num disco com bastantes contrastes, desde momentos muito intensos (como em “Fiasco”, de Paul Motian, ou no meu “3 Estados”) até momentos tranquilos e com bastante espaço (a versão de Swallow, as improvisações “Spacy Atmosphere” e “Spicy Atmosphere”). Pode ser consequência de ouvir e gostar de tanta música diferente (todo o jazz, rock, música clássica, tradicional, etc).”

Para mais informações e datas de concertos acompanhem o MySpace de João Lencastre, aqui.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Novidades da Cam Jazz

É começar a procurá-las, porque como estas não há muitas.

Será, de certa forma, um disco ansiado pelos amantes de Scarlatti. E, por cá, já se sabe, o mestre de cravo de Dona Maria Bárbara de Bragança tem seguidores mais fervorosos. Pieranunzi, pianista de jazz e de música clássica, faz aquilo que o compositor pedia no prefácio dos seus "Essercizi": "Leitor (...) não procures nestas composições uma intenção profunda, mas sim uma forma engenhosa de brincar com a arte (...) mostra-te mais humano que crítico". Mas, resistindo à tentação de jazzificar as sonatas, improvisa utilizando apenas os elementos que as constituem. Numa negação do ego - oposta por exemplo há de Uri Caine - não procura uma síntese entre mundos mas apenas iluminar mais o de Scarlatti.

A Jazzman percebeu: "La liberté est au fondement même de chaque pièce, recelant une ou plusieurs atmosphères particulières traduites par un geste, une couleur ou une qualité d’émotion propres. Cette même liberté régit le lien entre les sonates et les improvisations. Fréquemment, la composition est d’abord interprétée avant de faire l’objet d’un éloignement progressif (jeux rythmiques, décalages, variations harmoniques…) suivi d’un retour au texte. Ailleurs, Pieranunzi nous conduit habilement jusqu’au XXe siècle en prenant prétexte d’une petite cellule descendante en notes répétées pour faire allusion à Bartók et Prokofiev. Certaines sonates sont interprétées telles qu’en elles-mêmes, sans le moindre commentaire ou la moindre introduction improvisée. On admirera le respect absolu de l’intégrité des textes originaux, que Pieranunzi traite en pianiste gouldien plutôt qu’en claveciniste, généreux sur les contrastes dynamiques et la mise en valeur des appuis rythmiques (K492). On admire tout autant – mais on la connaissait déjà – sa maîtrise d’une exploration spontanée, aussi expressive que rigoureuse".

Não servirá para o habitual elogio - não nos interessa a tendência dominante nos media de concentrar atenções quase exclusivamente nos muito novos ou nos muito velhos - mas não se compreenderão estes "On Green Dolphin Street", "Lover Man", "'Round Midnight" ou "Corcovado" ignorando os 81 anos de Solal. Porque a sua rara clarividência harmónica vem do trabalho com o tempo. E não será por outro motivo que o NY Times então tratou a sessão no Village Vanguard como um dos "jazz events of the year".

Trio de câmara próximo daquilo que há uns meses Alexander von Schlippenbach, Daniel D'Agaro e Tristan Honsinger produziram em “Friulian Sketches” (na Psi), mas neste particular - e quem esteve no último Jazz em Agosto relembrará essa tendência da actuação de Courvoisier e Courtois - com inclinações mais românticas. Eskelin, abençoado, está naquele ponto de domínio formal e harmónico do sublime "Vanishing Point" (também aí com cordas, na hatOLOGY) e, neste contexto, funciona como um suave braseiro.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

João Coração na Fnac Colombo

Para que não fiquem sem amparo espiritual os lisboetas perdidamente românticos, no Dia dos Namorados - e com a comitiva a Norte - JC canta, pelas 18h30, canções de amor no Colombo. Leva novas trovas. Outras ganharam casa em "Nº1 Sessão de Cezimbra", editado há pouco e incluído nas mais sentimentais listas de "Melhores do Ano". E sim, precisamente gravado em Sesimbra mas com uma ligação tão própria com o tempo que inclui esse toponímico deslize rumo à grafia de outro século.

Famalicão

"Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança"

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Venceremos (50 anos depois)

Memórias da revolução cubana a 9,95:

Nino e Ennio

Por um punhado de euros, era uma vez na Fnac:
duplos a 7,95

e para quem ficar de cabeça perdida, a 9,95, há quíntuplo:

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Blossom Dearie

Morreu Blossom Dearie.
E para que nada se perca, uma das suas bandas está no nosso catálogo logo colada ao seu nome. Ou seja, após Blossom Dearie "Adorable" (gravações de 1956 com Herb Ellis, Ray Brown e Joe Jones, e em sublime piano solo) surge Blue Stars of France "Lullaby of Birdland" (o seu grupo vocal antes dos Double Six e dos Swingle Singers). É procurar nas Fnacs.

Os Quais no EXPRESSO

"[...] começam muito bem com o belo balanço eléctrico a acompanhar as palavras 'Não me olhes assim, vamos comer carne, mas com nomes falsos, vamos pelo jardim pisar obras de arte, mas com pés descalços', prosseguem em óptimo andamento piscando repetidamente o olho ao Caetano Veloso de Cê (parente próximo do outro do Tropicalismo) e concluem bravamente num improvável matrimónio dos Clash com o espírito de John Coltrane (via Carlos Martins) e um poema de José Tolentino de Mendonça. O disco inteiro promete."

A crítica de João Lisboa saiu no Expresso e pode ser conferida no seu blog.

Só se repete a confusão pronominal. Os Quais não são a tradução dos The Who. Qual é which, who é quem.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Visage no EXPRESSO

Loucura dos anos Blitz. Barry Adamson e Dave Formula vieram dos Magazine. Billy Currie e Midge Ure dos Ultravox. John McGeogh dos Siouxsie & The Banshees. O resto é Steve Strange - e dura.

Os Quais no ÍPSILON

Mário Lopes meio escreveu sobre a mais recente(?) edição da Amor Fúria.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Tiago Guillul na BLITZ

Ainda mexe.

João Coração na BLITZ

No mesmo número da revista Rui Miguel Abreu escreve sobre João Corrosão e João Coração.

Os Quais no DN


"Ele está para a música como o Maradona para o futebol." Quem? É ler aqui.