quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Norberto Lobo na CASA DA MÚSICA (CLUBBING)

toda a informação aqui.
DATA: 26 de Fevereiro
PREÇO: 10 euros

CARTAZ:
SUGGIA
00:45 - 02:15 PETER HOOK performing "UNKNOWN PLEASURES"
23:30 - 00-15 GALA DROP

SALA 2
01:00 - 01:45 NORBERTO LOBO
00:00 - 00:45 SAMUEL ÚRIA

BARES 1 e 2
22:30 - 02:30 Miguel Sá Dj Set

CYBERMUSICA
23:00 - 00:00 Álvaro Costa apresenta: videografia de ANTON CORBIJN
00:15 - 01:15 FM EINHEIT + MASSIMO PUPILLO
01:30 - 02:15 GHUNA X

RESTAURANTE
03:00 - 05:00 THE GLIMMERS
01:00 - 03:00 DJ KITTEN

B Fachada no MARIA MATOS em Abril


B Fachada abre Abril com três concertos no Maria Matos: um para graúdos e dois para miúdos.

2 e 3 de Abril, 16h00, com espaço em palco para pais e filhos, showcases de meia-hora de duração com bilhetes a 2,50€ (crianças) e 5,00€ (adultos)
3 de Abril, 22h00, concerto com bilhetes a 12€ (a 6€ para menores de 30 anos)

B Fachada na BLITZ

No novo número da Blitz – capa Roger Waters – há uma entrevista com B Fachada em que se revela algo sobre futuros projectos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Norberto Lobo na estrada



Sexta em Tomar e Sábado em Alpedrinha. Mais informações nos sites do
Theatro Bar (Cine-Teatro Paraíso) e do Teatro Clube de Alpedrinha.

Bill Carrothers no Jazz 6/4


"Joy Spring" está incluído nos dez melhores álbuns de 2010 no Jazz 6/4.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Aquaparque "Pintura Moderna" a 18 de Março


O novo álbum dos Aquaparque, “Pintura Moderna”, sai dia 18 de Março e terá, na mesma noite, concerto de apresentação em Lisboa - no sótão da loja Kolovrat 79 (Rua D. Pedro V, 79), pelas 21h30, com entradas a 7 Euros.

“Os Aquaparque têm origem em Santo Tirso, norte de Portugal. Pedro Magina (voz, casio tonebank, yamaha ds55, harmónica, percussão) e André Abel (voz, programações, guitarra) conheceram-se na primária no final da década de 80. Magina, com as suas botas ortopédicas, e André, com as suas camisas apertadas até ao pescoço, começaram a escrever música em conjunto pela altura que a “Antologia” dos Beatles passou na RTP2, já os dois andavam no ciclo. Magina era então um motivado atleta federado nos juvenis de futebol no Desportivo das Aves e André uma esquecível presença em peças de teatro amador. Tiveram as suas bandas com incautos adicionais, com estéticas comprometidas no seu diletantismo adolescente, de imersão metal gótico à la Lacrimosa dos parcos de técnica, à primeira vida dos dAnCE DAMage, inspirados pela recuperação do pós-punk do início do novo século. Ensaiaram uma vida inteira na sua amada e desdenhada cidade do Porto em espaços mitificados nos milieus das bandas emergentes do período, como o Poltergeist e o ‘Abílio’, no Bonfim, até salas DIY na Zona Industrial ou no Stop, e tocaram pelo país fora, de festivais ao ar livre dentro de muralhas em Miranda do Douro a garagens tornadas bares de alterne teen em Vieira do Minho. O pico deve ter sido no nunca-mais-será-como-antes Swing, no Porto. Precisaram deste tempo todo para escrever “Pintura Moderna” em algumas semanas.”.

Aquaparque

Numa certa perspectiva, “Pintura Moderna” funciona como uma terapia de estímulos sensoriais. Contém o balanço certo entre familiaridade e estranheza, seduz e desorienta, e traduz parte da cultura popular como um labirinto de espelhos. Tem tanto de aleatoriamente objectivo quanto de rigorosamente subjectivo. E, naquilo que de mais efémero simula, parece movido por um motor em contínua geração de sons saídos da pop de videoclip. Daquela que, formalmente instantânea, ganhou permanência na visão de certos produtores, na opção por determinados arranjos e, naturalmente, numa consistência rítmica, riqueza melódica e firmeza estética de alcance estrutural. Conduzem-nos até esta conclusão os seus momentos que, especulando, poderiam ter nascido em 80s, na alta costura sonora e combinação de estilo e substância de Stock, Aitken & Waterman, Trevor Horn, Jellybean Benitez, Bill Laswell ou Brian Eno atrás da mesa de mistura. Além daqueles nomes de cá que por altura do “É Isso Aí” (Aquaboogie, 2009), o seu primeiro disco, vieram à baila. Claro que concentrarmo-nos nisto facilita a compreensão mas encurta as vistas. Nenhuma destas canções começa e acaba num qualquer tráfico de influências. Quanto muito – nem tendo, de todo, de reconhecê-las conscientemente – tratam-nas de forma elíptica e reproduzem-lhes os códigos trocando-lhes a lógica. Porque não falaria “Pintura Moderna” a língua dos nossos dias se não expandisse violentamente as premissas tipológicas do qualquer género. Inscrevendo-se de forma exemplar na tradição dos que nesse contexto alteram paradigmas, concilia, ao nível dos processos, verosimilhança material com distanciamento da realidade, e manobra estrategicamente num jogo de sedução com a principal característica da pop de hoje: a simultânea afirmação e negação da própria vida de quem a ouve (e, quem sabe, da de quem a produz). E essa oscilação num mesmo espaço entre o eminentemente reconhecível e o profundamente abstracto – para que contribuirá também uma lírica idiomaticamente existencialista – produz apenas mais-valia estética quando inteiramente assumida. E é isso que fazem agora os Aquaparque. Situá-los numa produção nacional ainda mais fragmentada do que o que se supõe só interessa se for para compreendê-los tão confortavelmente à margem de tudo quanto no meio de todos. “Pintura Moderna” desentrincheira todas as ‘cenas’.

Vídeo para o tema de apresentação 'Para Além do Bronze'

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A oferta de Dia de São Valentim de Tiago Lacrau

"São Valentim há-de valer pouco no calendário de um protestante mas como sou todo amor aproveito o dia para vos deixar uma oferta. Em Outubro entusiasmei-me a ouvir o "South Of Heaven" dos Slayer (um dos discos que eles menos gostam) e deu-me vontade de improvisar manhosamente sobre o talento deles. Tendo em conta que a banda sempre namorou um satanismo soft (mais feito de testosterona adolescente que anti-teologia séria) voltei a uma das velhas questões culturais cristãs do passado Século XX: why should the devil have all the good music? Assim sendo improvisei umas rimas semi-proselitistas sobre excertos das dez canções do disco. Tudo isto na minha confiável precariedade de meios técnicos. O resultado é este "Inverno Desinspirado do Rapaz do Sul do Céu (Uma pilhagem sonora em baixa-fidelidade com propósitos evangelísticos)" - podem sacá-lo aqui. Pedi ajuda ao Silas Ferreira que claramente me fez a capa do ano (aguardem pelas t-shirts em breve) e rematou os pormenores gráficos. É uma edição completamente artesanal (welcome back fotocópias a preto e branco, CD-Rs baratos, folhas dobradas e discos numerados pelo autor) limitada a 333 exemplares (com metade do número da besta conseguimos mais e melhor).
Por último deixo-vos também um teledisco que concebi e o Ben Monteiro concretizou. Mash-up policy, naturalmente. Tentámos manter na imagem o trash-metal-pop das cantigas, daí as angústias teológicas, os rodopios cinéticos, a exuberância oitentista brasileira (quero ouvir esse aplauso para a Cláudia Magno!) e a referência ao 50 Cent (porque no fim de contas isto é puro hip-hop).
Como dizem os namorados: amo-vos muito!"