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quarta-feira, 6 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
B Fachada, Éme e Tó Trips na Aula Magna: 6ªfeira, dia 8, 21h00. Entrada livre
B Fachada é o cabeça de cartaz do espetáculo agendado já para a próxima 6ª feira, pelas 21h, na Aula Magna da Universidade de Lisboa. A
entrada é livre e antes do Bernardo atua o Coro Juvenil da Universidade
de Lisboa, Éme e Tó Trips, que apresentará os temas do seu novo álbum,
"Guitarra Makaka: Danças a um Deus Desconhecido".
Trata-se
de uma iniciativa do Instituto Europeu e do Instituto de Direito
Económico, Financeiro e Fiscal, assim apresentada: "No dia 8 de maio,
véspera do dia da Europa, juntaremos variados artistas para celebrar a
terra de paz, de circulação, intercâmbio de pessoas e ideias e de
encontro de culturas que queremos que seja a União Europeia."
Etiquetas:
Aula Magna,
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Éme,
Guitarra Makaka,
Tó Trips
sábado, 2 de maio de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Tó Trips | Entrevista a Sofia Teixeira
A propósito do lançamento do álbum "Guitarra Makaka: Danças a um Deus Desconhecido", Tó Trips falou com Sofia Teixeira para o seu blog Morrighan. A conversa começa assim: "Lembro-me do primeiro concerto que dei, foi com Amen Sacristi na escolha primária de Chelas, acho eu. Começámos em 1986!"
segunda-feira, 27 de abril de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
segunda-feira, 13 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
terça-feira, 7 de abril de 2015
quarta-feira, 1 de abril de 2015
sexta-feira, 20 de março de 2015
Tó Trips "Guitarra Makaka - Danças a um Deus Desconhecido" (Texto de apresentação)
Naquilo que se normalmente se
apelidava de Música Moderna Portuguesa, o impacto da primeira banda de
Tó Trips – os Amen Sacristi – foi conjuntural. Frequentadores dos
concursos do Rock Rendez-Vous
lembrar-se-ão deles. E colecionadores de rock nacional terão algumas das K7s ou
compilações nas quais figuravam entre 1986 e 1989. Tó recorda-os sob a influência
de uns Chameleons, embora na
altura surgissem associados aos nomes de Big Black (de Steve Albini) ou Glenn Branca. A fechar a década
foi convidado por Jorge Ferraz para ingressar nos incendiários Santa Maria Gasolina em Teu Ventre, com os quais gravou um
EP. Se o combustível desses terminou, Tó não dava sinais de abrandar, fundando
os Lulu Blind. O arranque da banda é apoteótico, culminando em 1993 na primeira
parte do concerto dos Sonic Youth,
no Campo Pequeno, e, pouco depois, na abertura para os Manic Street Preachers, no
Pavilhão Carlos Lopes. Em 1994 editam “Dread”. Mas em Portugal, ao contrário do
que se passou um pouco por todo o mundo, o underground
não se tornou no mainstream. E, como
a de tantos outros (que na altura enchiam o Johnny Guitar), a história dos Lulu Blind ao longo da
década de 90 acaba por refletir a desagregação no interesse do público pela
música portuguesa menos católica.
Não seria de estranhar que se
impusesse uma mudança de ares que se fizesse equivaler a novas vivências e,
claro, a uma entrada num novo milénio prenhe em significados e simbolismo. Dir-se-ia que o
aparecimento do duo com Pedro Gonçalves – os Dead Combo – não tentou
satisfazer outra ambição. Fiel ao tempo que a viu nascer, a curiosidade cultural
que o grupo desde cedo revelou teve o paradoxal efeito de concentrar públicos. E
tudo o que se passou entretanto poderá ter contribuído para que Tó, de uma só
vez, pensasse em escancarar portas que permaneciam teimosamente fechadas. Fê-lo
em 2009 com o terno e intimista “Guitarra 66”, o
seu primeiro CD a solo, num momento em que a música portuguesa se tornava novamente
mais livre e isenta de complexos. Só que neste caso materializava-se também algo que
se impôs, ao fim de mais de duas décadas, como uma necessidade artística: projetar
a visão que se quer própria ao indivíduo.
Tó resumia-o de forma geográfica: “um disco mediterrânico e com raízes portuguesas. Um disco ibérico e virado para o Atlântico. Cruza viagens pelo deserto africano, evoca bairros latinos nos Estados Unidos, imagina mares do sul”. Paralelamente a isso – e à construção de um público internacional através de uns Dead Combo de referências progressivamente mais arejadas – surgiram novas ideias: houve “Vi-os Desaparecer na Noite”, com Tiago Gomes, uma banda sonora em guitarra elétrica para leituras de “On The Road”, de Jack Kerouac; e deu-se a criação do iconoclasta Timespine, o trio com Adriana Sá e John Klima. Ou seja, não parou de se expandir o léxico de Tó Trips nem desapareceram do seu caminho os estímulos exteriores que tanto o alimentam.
Tó resumia-o de forma geográfica: “um disco mediterrânico e com raízes portuguesas. Um disco ibérico e virado para o Atlântico. Cruza viagens pelo deserto africano, evoca bairros latinos nos Estados Unidos, imagina mares do sul”. Paralelamente a isso – e à construção de um público internacional através de uns Dead Combo de referências progressivamente mais arejadas – surgiram novas ideias: houve “Vi-os Desaparecer na Noite”, com Tiago Gomes, uma banda sonora em guitarra elétrica para leituras de “On The Road”, de Jack Kerouac; e deu-se a criação do iconoclasta Timespine, o trio com Adriana Sá e John Klima. Ou seja, não parou de se expandir o léxico de Tó Trips nem desapareceram do seu caminho os estímulos exteriores que tanto o alimentam.
Agora chega “Guitarra Makaka – Danças a um Deus Desconhecido”. E mais uma vez não
se deixa Tó prender a fórmulas, não obstante possuir, à guitarra, um estilo particularmente
distinto. Isto é, o aparecimento de um novo disco a solo seu deve-se, antes de mais,
à necessidade de documentar o desenvolvimento e exploração de uma nova
linguagem. Mais concretamente à guitarra Resonator, com os seus
cones metálicos a ampliar de modo natural o som e raízes associadas a
ícones como Tampa Red ou Bukka White. Não que Tó finja aqui ser quem não é - aliás, mais longe do blues do delta
do Mississippi não podia estar. Afinal, o seu interesse na tradição será apenas
por aquilo que – na acepção real do termo – ela possui de mais primitivo. Isto é, o seu
projeto é efetivamente o da prossecução daquilo que, em rigor, nas
cordas de aço, nunca existiu em lugar nenhum.
Daí que se socorra da alegoria da
“ilha imaginária”, embora trabalhe igualmente no sentido de evocar memórias
específicas. Muitos o fizeram antes, é certo. Falar de alguns deles – como dos
Martha and the Muffins de ‘Echo Beach’ – não serve para explicar a música, mas,
antes, lembrar a atitude. Os Blondie, para dar outro exemplo com berço no punk,
sonorizaram em 1982 ‘Island of Lost Souls’, um falso calipso da estirpe do ‘Island
Girl’, de Elton John, com credibilidade insular no trompete do porto-riquenho Perico
Ortiz e inclinação nativa nuns segundos de gritos e guinchos a imitar araras e
saguis. A canção inspirava-se na adaptação para cinema de “The Island of Dr.
Moreau”, de H.G. Wells, produzida em 1933 pela Paramount e na qual, reagindo a
um clamor ritualista que se presumia de origem autóctone, declarou Charles
Laughton no papel do doutor: “They are restless tonight.” De facto, porque nem
todos podem ser o Eden Ahbez de ‘Nature Boy’, e por aí se escrutinar a condição
humana em circunstâncias laboratoriais, muitas vezes se voltou à metáfora da
ilha para atingir fins moralistas. Parece a cultura popular saber o que no
contexto da biogeografia postulou David Quammen em “The Song of the Dodo”: que
“as ilhas são santuários e terrenos férteis para o único e o anómalo”. Não terá
sido por outra razão que, para dar voz a uma relação inter-racial, conforme
então se dizia, tenha inventado Harry Belafonte a ficcional ilha de Santa Marta em ‘Island
in the Sun’. Ou, muito antes, no ciclo “Noites de Verão”, tenha Berlioz feito
residir o amor eterno numa ‘Île inconnue’. Com a devida vénia a More, e numa
palavra, trata-se de utopia.
Disso, sim, partilha Tó Trips. Escutam-se os temas deste “Guitarra Makaka – Danças a um Deus Desconhecido” – e nem chamámos Steinbeck ao barulho – e em muito disto se pensa e de outro tanto se desconfia. No fundo, mais não se fala do que de uma música que soube fazer do isolamento uma fortaleza e da independência o melhor que tem a dar de si. Levem-na convosco para uma ilha deserta que não se irão arrepender.
Disso, sim, partilha Tó Trips. Escutam-se os temas deste “Guitarra Makaka – Danças a um Deus Desconhecido” – e nem chamámos Steinbeck ao barulho – e em muito disto se pensa e de outro tanto se desconfia. No fundo, mais não se fala do que de uma música que soube fazer do isolamento uma fortaleza e da independência o melhor que tem a dar de si. Levem-na convosco para uma ilha deserta que não se irão arrepender.
domingo, 15 de março de 2015
Tó Trips "Guitarra Makaka - Danças a um Deus Desconhecido" (Capa e ficha técnica)
Tó Trips: Resonator guitar; Classical guitar
on “Cartagena Suite” and “Adeus Muchassa”
All music by Tó Trips.
Recorded on January 12 and 13, 2015, by
Eduardo Vinhas at Golden Pony Studio, Lisbon, Portugal. Mixed by Eduardo Vinhas
and João Santos at Golden Pony. Mastered by Eduardo Vinhas at Golden Pony.
Design and artwork by Mackintóxico. Cover inspired by a Jean-Michel Moreau illustration
featured on Voltaire’s “Candide ou l’Optimisme”.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
B Fachada "Pifarinho" [vídeo]
Os desenhos são de Xavier Almeida e a animação do Xavier e do próprio B Fachada
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Norberto Lobo "Fala Mansa" CD novamente em stock
Estava há dois anos esgotado. Mas eis que hoje deu novamente à costa num encontro absolutamente fortuito, durante arrumações. Quem nunca teve oportunidade de o comprar pode aproveitar agora. "Fala Mansa", o terceiro CD de Norberto Lobo, original de 2011, está novamente em stock. Para mais detalhes, escrevam para mbarimusica@mbarimusica.com
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Ricardo Rocha "Resplandecente" no JL
* pequenos esclarecimentos: 1) ao contrário do que escreveu Manuel Halpern, Ricardo Rocha não é filho, e sim neto, de Fontes Rocha; 2) também outra frase - "o guitarrista chegou à conclusão que ninguém estaria mais apto a
interpretar as suas peças do que ele próprio e acabou por regravar as
guitarras uma sobre a outra" - sugere o seguinte reparo: Ricardo Rocha decidiu gravar o quarteto sozinho quando se deparou com a impraticabilidade (essencialmente logística) de o fazer de outro modo, mas chegou a mencionar o assunto a outros guitarristas que obviamente considerava aptos; 3) Halpern considera que Rocha "não se liberta do estereótipo do instrumentista-compositor, que é um
conceito típico da música popular e invulgar na música erudita e/ou
contemporânea", e que "[...] a
composição fecha-se no compositor-intérprete, deixando pouca margem de
manobra para reinterpretação, ou releitura como é prática na música
erudita". Quanto ao primeiro raciocínio, a história da música desmente-o; isto é, a tradição é a inversa: foi no contexto da música erudita que o compositor se afirmou também enquanto intérprete e no da música popular que o conceito de autoria de esfumou em prol das capacidades expressivas dos intérpretes; relativamente ao segundo, não se entende bem porque terá de assim ser: de acordo precisamente com a prática na música erudita, os 'quartetos' estão devidamente escritos em pauta e qualquer conjunto de quatro guitarristas os poderá tentar obter junto do compositor.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
domingo, 31 de agosto de 2014
Akira Sakata & Giovanni Di Domenico "Iruman" review #2 @ Free Jazz
For order information (paypal available!), simply write to mbarimusica@mbarimusica.com
sábado, 30 de agosto de 2014
Akira Sakata & Giovanni Di Domenico "Iruman" review @ Free Jazz
for order information simply write to mbarimusica@mbarimusica.com
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
Ricardo Rocha "Resplandecente: Quartetos e Solos para Guitarra Portuguesa" (Mbari, 2014, texto de apresentação)
O Impressionismo e o Minimalismo, em termos estéticos e
técnicos gerais, foram, de certa forma, os pilares e o ponto de partida óbvios para
a criação deste quarteto. Mas a verdade é que na base concreta de tão
megalómana empreitada esteve a imprevista escrita de duas peças solistas – “La
Rêverie et les Couleurs” e “Fim da Eternidade” – em que se impuseram, quase
inadvertidamente, características essenciais desses estilos. Conciliá-los
expressivamente – ainda que trabalhando-os em separado – possibilitou-me
descobrir-lhes traços comuns e alimentar a ideia, primeiro, de que talvez fosse
possível convertê-los, com tudo o que os distingue, para um mesmo campo
empírico, e, segundo, que a enfática solução para essa monumental convergência de
textura, densidade e cor, passaria por uma questão de escala. O que me
permitiu, paralelamente, refletir acerca da minha mais antiga preocupação
artística: a radical transformação do cânone associado à guitarra portuguesa, dedicando-lhe
uma volatilidade que, em rigor, jamais possuiu. Subverter um cânone
socorrendo-me de outro – o do quarteto – provou-se simplesmente irresistível.
Não quis, todavia, e através da sua mais idiossincrática
personalidade, deixar de sublinhar a importância do Romantismo tardio nestas
conceções. Dois pequenos prelúdios de Skrjabin ilustram-no perfeitamente,
embora, até hoje, nunca tenha achado por bem adaptar ou transcrever para a
guitarra obras compostas para diferentes instrumentos. Mas acontece que estas
aforísticas miniaturas, publicadas em 1895 e 1903, podem ser interpretadas na guitarra
portuguesa no seu tom original – dei por isso tocando-as ao piano,
curiosamente, e senti-me convidado por Skrjabin a abordá-las, como se ele as
tivesse especialmente consagrado à minha guitarra. Foi um ato de comunhão com
um compositor de presença constante na minha vida e nos meus discos, desde os
meus 19 anos.
Não será muito difícil de perceber que o destino natural de tão
ambicioso projeto em pauta era a gaveta. Quiçá daqui a outros 70 anos tenhamos
disseminadas a proficiência e indiscrição necessárias para que uma assembleia
de quatro guitarras portuguesas venha sugerir o inesperado, ou, ao menos, apresentar
repertório próprio. Mas duvido. Por isso, porque, contra todas as previsões, de
facto isto se materializou, resta-me lembrar a titular figura da heteronímia e
dizer, como Fernando Pessoa, que “quando falo com sinceridade não sei com que
sinceridade falo”, agradecendo a disponibilidade aos guitarristas Ian
Richardson, Pierre Ricard e Wolff Richard von Gerhard e o prazer que me proporcionaram
ao cumprir este grandioso, histórico e épico momento musical. Sabem que estes
sons são apenas a fantasia de representar simbolicamente o inexprimível –
sonhos, cores, imagens, sensações –, e que é da fusão dessa fantasia com a
delirante e psicodramática realidade do indivíduo que nasce a música. Sem vocês
nada disto seria possível!
Ricardo Rocha
terça-feira, 1 de julho de 2014
domingo, 15 de junho de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
Akira Sakata featured on The Wire's April issue
Akira's new CD, "Iruman", a duo recording with Giovanni Di Domenico, is available through Mbari (listen to some of its tracks here). Just write to mbarimusica@mbarimusica.com
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Akira Sakata & Giovanni Di Domenico [track: 'Voice from a Temple in the Deep Mountain']
Here's another "Iruman" track.
Order information: mbarimusica at mbarimusica dot com
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Akira Sakata & Giovanni Di Domenico "Iruman" (now available through Downtown Music Gallery)
Dear US customers, "Iruman" is now available at one of NY's finest stores, DMG.
Here's what store manager Bruce Lee Gallanter says about it: "I had a conversation with Henry Kaiser a few weeks ago about a trip
he had to Japan and playing [with] Haino Keiji and Akira Sakata at two
different gigs. He mentioned that playing with Mr. Sakata was an
incredible experience, one of his favorite sets in recent memory. This
is what Kaiser has to say, "Sakata is one of the greatest individual
stylists of the alto sax; he is one of the few in a class with Ornette
Coleman or Jimmy Lyons. He can also play both more lyrically and more
out, at the same time, than just about anyone else that I can think of."
I've listened to this CD several times this week and believe it is one
of the finest improvised duos I've heard in a long while. There is
something magical about this that I can't really put my finger on but it
truly touches me".
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