Num excerto da entrevista de Maria Ramos Silva, Jorge Cruz diz: “Até aos 8, 9 anos, apaixonei-me pela música, foi o boom da MTV. Não que a tivéssemos, mas víamos os telediscos pela primeira vez nos programas do Álvaro Costa. Foi a primeira vez que vi o Boy George. Saiu o disco do Mick Jagger, o “Purple Rain” do Prince. Era um mundo mágico. Quando fui para Angola não tinha nada. Estava já motivado e não tinha acesso".
O que se ouvia lá?
"Na rádio ouvia-se os Kassav, os Tubarões, um bocadinho de Lionel Richie e Michael Jackson. Era música dançável, de farra. Tinhas o recolher obrigatório. Quando a malta ia para casa de alguém numa festa dessas tinha que lá ficar até de manhã. Nós miúdos ficávamos a dançar e adormecíamos lá num canto. Então a minha avó mandava as TV Guia para a minha mãe, uma vez por mês, e aquilo tinha o top disco. Foi aí que comecei a fazer canções. Só conhecia os títulos e então inventava as melodias".
O que se ouvia lá?
"Na rádio ouvia-se os Kassav, os Tubarões, um bocadinho de Lionel Richie e Michael Jackson. Era música dançável, de farra. Tinhas o recolher obrigatório. Quando a malta ia para casa de alguém numa festa dessas tinha que lá ficar até de manhã. Nós miúdos ficávamos a dançar e adormecíamos lá num canto. Então a minha avó mandava as TV Guia para a minha mãe, uma vez por mês, e aquilo tinha o top disco. Foi aí que comecei a fazer canções. Só conhecia os títulos e então inventava as melodias".