Chico Hamilton Quintet
Complete Studio Recordings (1955-1956)
Edição: Fresh Sound
Buddy Collette (fl, cl, as, ts), Fred Katz (cello), Jim Hall (g), Carson Smith (b), Chico Hamilton (d). Entre uma supra-cool brisa west coast e ecos dos tambores longínquos que se erguiam desde o Pacífico (há por aqui uma “Blue Sands” que poderia bem figurar no “Exotica” de Martin Denny), Chico Hamilton liderou um dos mais emblemáticos quintetos da década de 50. A sua presença no perfeito “Sweet Smell of Success” (filme de 1957, de Alexander Mackendrick e com argumento de Ernest Lehman) retrata-o exemplarmente como um grupo de arrojadas soluções formais mas com vida natural em caves fumarentas, em que segredos se trocam entre mesas mais depressa do que copos vazios. Hamilton é um dos mais “musicais” bateristas da história do jazz, profundamente inventivo e com uma generosa subtileza muito dedicada aos solistas. Nesta fase da sua carreira, com um quinteto exemplar no contraponto, na astúcia tímbrica e elegância rítmica – os diálogos entre a guitarra de Jim Hall e o violoncelo de Fred Katz, pontuados pela flauta de Buddy Collette, aproximam-se tanto da música barroca quanto do swing mais primevo – esteve a um nível tão ou mais ousado que o Modern Jazz Quartet. Acompanhem Chico Hamilton.
Complete Studio Recordings (1955-1956)
Edição: Fresh Sound
Buddy Collette (fl, cl, as, ts), Fred Katz (cello), Jim Hall (g), Carson Smith (b), Chico Hamilton (d). Entre uma supra-cool brisa west coast e ecos dos tambores longínquos que se erguiam desde o Pacífico (há por aqui uma “Blue Sands” que poderia bem figurar no “Exotica” de Martin Denny), Chico Hamilton liderou um dos mais emblemáticos quintetos da década de 50. A sua presença no perfeito “Sweet Smell of Success” (filme de 1957, de Alexander Mackendrick e com argumento de Ernest Lehman) retrata-o exemplarmente como um grupo de arrojadas soluções formais mas com vida natural em caves fumarentas, em que segredos se trocam entre mesas mais depressa do que copos vazios. Hamilton é um dos mais “musicais” bateristas da história do jazz, profundamente inventivo e com uma generosa subtileza muito dedicada aos solistas. Nesta fase da sua carreira, com um quinteto exemplar no contraponto, na astúcia tímbrica e elegância rítmica – os diálogos entre a guitarra de Jim Hall e o violoncelo de Fred Katz, pontuados pela flauta de Buddy Collette, aproximam-se tanto da música barroca quanto do swing mais primevo – esteve a um nível tão ou mais ousado que o Modern Jazz Quartet. Acompanhem Chico Hamilton.
Fred Katz
Music Of Fred Katz (1957)
Edição: Fresh Sound
Fred Katz (cello, conductor), Paul Horn (as, fl, cl), John Pisano (g), Carson Smith (b), Joe Howard, Herbie Harper, Dick Noel (tb), Harry Klee (fl), Marty Berman (bassoon), Willy Schwartz (cl), Julie Jacobs (oboe). Perfeitamente complementar ao seu papel no quinteto de Chico Hamilton, surge este “Zen/The Music of Fred Katz”, exemplo nada canónico de Third Stream e que se definirá melhor como um antepassado directo de certas experiências muito mais recentes de Tim Berne, Hank Roberts ou Erik Friedlander. Com distintos arranjos (Katz tinha sido aluno de Pablo Casals) e um Paul Horn com aquela curiosidade melódica que em boa hora o haveria de conduzir à Índia e ao Brasil (ao contrário de muitos, só encontramos virtudes em “Inside the Taj Mahal” ou “Altura do Sol”), foi uma experiência que, infelizmente, não teve propriamente seguimento. A reedição do ano passado de “Folk Songs For Far Out Folks” pela Reboot Stereophonic fez no entanto correr muita tinta. Para acabar, ficam outras coordenadas no horizonte: Roger Corman e John Zorn.
Gabor Szabo
1969 (DIGIPAK)
Edição: Skye
Gabor Szabo (g), François Vaz (g), Louis Kabok (b), Randy Cierly (Fender bass), Mike Melvoin (organ), Jim Keltner (percussion), George Ricci (cello). “Spellbinder” e “The Sorcerer” tinham marcado a linha de água de outro ex-colaborador de Chico Hamilton. E um gosto pela música pop do seu tempo e pelos arranjos de Gary Mcfarland estabeleceram o mito. Em 1969 Szabo tocava Joni Mitchell, Beatles, Four Tops e Buffie St. Marie. E estava entre o mais aromático fim de tarde e a “110th Street” a que se haveria de dedicar um ano mais tarde com Bobby Womack. Verão eterno.
Gerry Mulligan & Paul Desmond Quartet
Blues In Time (1957)
Edição: Fresh Sound
Gerry Mulligan (bars), Paul Desmond (as), Joe Benjamin (b), Dave Bailey (d). Um pouco na sombra de um “Reunion” com Chet Baker” ou do “"Mulligan Meets Monk", este “Blues In Time” (original da Verve) nunca poderá estar no Top10 de Mulligan apenas porque 10 era o número de álbuns que o saxofonista gravava num ano bom (como foi 1957). Não será por isso que será menos do que superlativo, com os sopradores confiantes, relaxados e em constante comunicação, capazes do mais macio traço melódico e do mais desembaraçado improviso, jogando com os tempos e com a natureza mais áspera e lustrosa de cada saxofone.
Stan Getz & Gerry Mulligan
Stan Getz Meets Gerry Mulligan (1957)
Edição: Fresh Sound
Stan Getz, Gerry Mulligan (ts, bars), Lou Levy (p), Ray Brown (b), Stan Levey (d). Reedição de "Getz Meets Mulligan In Hi-Fi", para a Verve, famoso pela ideia dos saxofonistas em trocar de instrumentos em três temas. Assim, Getz toca barítono e Mulligan tenor em “Lets Fall in Love”, “Too Close For Confort” e “Anything Goes”. Claro que Charlie Parker tinha já produzido aquilo com que nem Adolphe Sax havia sonhado, mas o que é certo é que, nestes anos, entre também o que gravava Art Pepper ou Sonny Rollins, o saxofone se reinventou com a segurança que conduziu ao passo em frente da década de 60. Aqui tudo escorrega mais do que manteiga. Só virtudes.
Toshiko Akiyoshi & Her International Jazz Sextet
United Notions (1958)
Edição: Fresh Sound
Nat Adderley (cornet), Doc Severinsen (tp), Rolf Kuhn (cl, as), Bobby Jaspar (fl, ts, bars), Toshiko (p), René Thomas (g), John Drew (b), Bert Dahlander (d). Um leque de instrumentistas exemplares (alguns provenientes de terras distantes e ainda com as malas por desfazer nos Estados-Unidos), guiados pelo talento de Akiyoshi em transformar meia dúzia de músicos pouco familiarizados entre si numa oleada orquestra. Generoso espaço para solos (Jaspar e Thomas estão particularmente preciosos) com o sensato clarinete de Kuhn muitas vezes em primeiro plano, sem nunca balançar demais ou perder um enxuto carácter que lhe imprime airosa modernidade. A ideia terá sido representar o jazz como ONU: Toshiko (Manchúria-Japão), Jaspar e Thomas (Bélgica), Drew (Inglaterra), Kuhn (Alemanha), Severinsen e Adderley(EUA) e Dahlander (Suécia). Mas aqui o entendimento é francamente maior. Pós-Bop de primeira apanha.
Yusef Lateef
Yusef's Mood: Complete 1957 Sessions with Hugh Lawson (4CD BOXSET)
Edição: Fresh Sound
Yusef Lateef (ts, fl, argol, scraped gourd, tambourine, Indian reed whistle, vcl), Curtis Fuller (tb, tambourine, Turkish finger cymbals), Wilbur Harden (flgh, tambourine, cow bell, balloon), Hugh Lawson (p, metalphone, ocarina, cow bells, etc). Não foi apenas Herbie Mann que gravou mais de 10 álbuns em 1957. Yusef estreou-se como um big bang, editando na Savoy, Prestige, Verve e New Jazz logo no seu primeiro ano enquanto líder. Nesta caixa estão reunidos: “Jazz For The Thinker”, “Stable Mates”, “Jazz Mood”, “Before Dawn”, “Jazz and the Sounds of Nature”, “Prayer to the East”, “The Sounds of Yusef” e “Other Sounds”. Um passo de gigante com todas as músicas do mundo dentro do jazz. Um compêndio para uma carreira que dura até hoje.Mais informações.